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Em 1620 o inglês Sir Francis Bacon registrava similaridade entre o contorno litorâneo da África ocidental e do leste da América do Sul. Em meados do século XIX surgia a tese de que os dois continentes possuíam um passado comum. O alemão Alfred Wegener formulou, em 1912, a Teoria da Deriva Continental, baseando-se em algumas evidências fósseis e semelhança entre as estruturas de relevo. Ele postulou a unidade das massas continentais no passado (Pangéia), que teriam depois se fragmentado e afastado umas das outras, conformando os continentes e bacias oceânicas atuais.
A genialidade da intuição de Wegener decorre da ausência de meios científicos, na sua época, para a validação da idéia da deriva dos continentes. Entretanto, justamente esse fato transformou-o, por muito tempo, num incompreendido. A ausência de um mecanismo aceitável para justificar o movimento de massas continentais “sufocando” assoalhos oceânicos condenou a nova teoria à marginalidade. O arcabouço científico para a Teoria da Deriva Continental só iria se desenvolver muito mais tarde. O estudo detalhado do fundo dos oceanos, iniciando com o uso do sonar na Segunda Guerra Mundial e intensamente desenvolvido nas últimas décadas, finalmente forneceu uma explicação plausível para a “migração” das massas continentais (Magnoli e Araújo, 1997).
A Terra está dividida em placas relativamente finas (podendo ou não conter continentes), cada qual comportando-se como uma unidade mais ou menos rígida, que movimenta-se uma em relação à outra. Sabe-se hoje em dia que os continentes se movem. Acredita-se que há muitos milhões de anos, todos estavam unidos em um único e gigantesco continente chamado PANGÉIA. Este teria se dividido em fragmentos, que são os continentes atuais. Foi o curioso encaixe de quebra- cabeça entre a costa leste do Brasil e a costa oeste da África que deu origem a esta teoria, chamada de DERIVA CONTINENTAL.
Fonte: Apostila da Universidade do Rio de Janeiro. Prof. Luiz Carlos Bertolino, 2005
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