domingo, 26 de julho de 2009

A ORIGEM DOS CONTINENTES



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A ORIGEM DOS CONTINENTES

* - Existem varias teorias sobre a formação dos continentes, duas são mais aceitas e recentes;

1- a primeira teoria diz que os continentes foram formados pela diferenciação química da terra e depois eles foram trabalhados (aquecidos, derretidos, recristalizados, deformados e erodidos). Se encontra-se esses processos em muitas partes dos continentes e nas raízes das montanhas antigas. Segundo esta teoria, ela pregava que os continentes tinham o mesmo volume do atual, porem Sr Hilgenberg em 1933 atualizou e ajustou esta teoria pregando que a terra que era de tamanho menor envolta numa couraça continental única, com o passar dos tempos se expandiu resultando no fraturamento de sua crosta original. Estas fraturas foram sendo cheias por um material fundido do manto da terra, recriando uma nova crosta, mais fina..

2 - outra teoria e a de Moorbath, apoiado em outras pesquisas, prega que o volume e a extensão dos continentes antigos eram relativamente pequenos, e eles cresceram ao longo do tempo geológicos por diferenciação química irreversível da parte superior do manto. O material diferenciado estaria constantemente aumentando nas bordas dos continentes. O processo seria homologo ao que hoje ocorre ao longo da crosta ocidental das América, onde o continente esta se movendo a oeste sobre a densa crosta do pacifico. A crosta oceânica vai submergindo nas zonas de subduccao e ao derreter-se formam rochas calco-alcalinas, mais leves que vão alimentar os vulcões da crosta ocidental das América, as quais fazem aumentar os continentes..

Depois do episódio de grande atividade formadora dos continentes, que deveria ter sido há uns 600 milhões de anos, estes teriam ficado com o volume e a área semelhantes a atual e formariam um único supercontinente pangea, o dois supercontinentes, gondwana e laurasia. A configuração atual dos continentes se da a cerca de 220 milhões de anos com fenômenos de tectonismo sobre a deriva continental

ARQUEANO

* - Se você pudesse viajar no tempo para visitar a terra durante o Arqueano, você provavelmente não a reconheceria.

A atmosfera era muito diferente daquela que nos respiramos hoje, ela era composta de metano, amônia e outros gases que seriam tóxicos a maioria da vida em nosso planeta hoje. Também nessa era, a crosta da terra esfriou e as rochas e placas continentais começaram a se formar. Durante o Arqueano que a vida apareceu primeiramente no mundo. Nossos fosseis mais antigos datam de aproximadamente de 3,5 milhões de anos e são constituídos de microfosseis e bactérias. A ilustração acima é estramatolitos, colônias que foram encontradas com fosseis na África do Sul e na Austrália ocidental. Os estramotolitos foram abundantes em todo Arqueano e não são comuns hoje. Coacervados e Caldo Nutritivos são moléculas orgânicas que formavam os caldos e ao se agruparem formaram coacervados e deles os seres vivos. Atmosfera de Gás Carbônico são atmosfera ao qual se desenvolveu os primeiros seres vivos ate os primeiros procariontes.
- O Arqueano inclui mais da metade de tempo da existência da terra. Suas rochas mais antigas são encontradas em alguns continentes. No começo o vapor de água da atmosfera inicial, começou a condensar nas depressões da superfície formando lagos e mares. (na verdade estas chuvas eram pastosas e pesadas carregas de nutrientes químicos, completamente diferentes das chuvas atuais) tem se assim a erosão, pois antes desse período a terra estava ainda em formação e o seu calor não permitia que a água da chuva chegasse a superfície da crosta incandescente. O estudo dos terrenos do em basamento foram mais aprofundados na América do Norte e na Escandinávia. A distribuição geográfica dos principais escudos e a seguinte:

I - Fino-Escandinavo
II - Siberiano
III - Canadense ou Laurentides
IV - Sul-Africano ou Proto-Afrides
V - Guiano ou Orinocoano
VI - Brasileiro ou Brasília
VII - Patagonico
As rochas mais características desse período são: granitos, dioritos, gnaisses basaltos, riolitos, gabros, calcários e grafitas. No decorrer do Arqueano os terrenos do embasamento foram perturbados pelas revoluções laurenciana e algomaniana. Tem-se que a mais antiga seja a Brasílica, ocorrida no Brasil. Os terrenos arqueanos afloram em 1/3 do território, constituindo os seguintes escudos:
I - Escudo das Guianas
II - Escudo Boreo-Brasilia
III - Escudo Austro-Brasilia
IV - Pequenos Núcleos
A ) Gurupi
B ) Bolivio-Mato-grossense
C ) Goiano-Mato-grossense
D ) Sul-Rio-grandense
Do ponto de vista da geologia econômica encontramos alguns afloramentos de cristal de rocha, pedras coradas, grafita, ouro, calcário, hilmenita, torio, columbita, mica, manganês e monazita. Não podemos também esquecer o valor das rochas arqueanas com material de construção e para estatuária.

PROTEROZÓICO

* - É o período da historia da terra que começou a 2,5 bilhões de anos e terminou a 544 milhões de anos. Muitos dos eventos da historia da terra e da vida ocorreram durante o proterozóico, os continentes se estabilizaram, os primeiros fosseis abundantes de organismos unicelulares surgiram nesta época. No proterozóico médio veio a primeira evidencia de oxigênio surgindo a partir de seres fotossintetizantes para atmosfera substituindo o gás carbônico que apartir dai surgem os eucariontes e seres superiores multicelulares. As bactérias não se adaptam ao novo ambiente e foram extintas, por isso no proterozóico e observado a primeira grande extinção .

Compreende terrenos que estão logo acima do arqueano. Do ponto de vista paleogeografico e difícil estabelecer exatamente os contornos dos antigos terrenos proterozóicos. Estes foram arrasados restando somente as camadas mais resistentes ou as que estavam encaixadas em rochas arqueanas. O proterozóico tem grande importância econômica no Brasil devido à riqueza mineral que encerra nos seus terrenos, tais como ferro, ouro, manganês, níquel, chumbo, prata, diamante. As jazidas de ferro em minas, de manganês na serra do Navio, no Amapá e Urucum no Mato Grosso.

No mundo existem localidades com sedimentos do proterozóico, como no monte de ediacara onde em 1946 na Austrália onde fosseis de animais mais antigos foram descobertos. Escala de Nopah - a rocha sedimentar mais antiga de 1,5 bilhões de anos no Sul da Califórnia com alguns depósitos mais recentes ricos em estromatolitos.

A primeira poluição global sua crise se deu na terra aproximadamente 2,2 bilhões de anos. Em diversas partes do mundo encontramos evidencias da presença de óxidos do ferro em paleossolos (solo primitivo), onde ocorrem camadas vermelhas que contem óxidos de ferro, apontando um aumento razoavelmente rápido nos níveis do oxigênio. O oxigênio no arqueano era menos de 1% dos níveis atuais, mais aproximadamente 1,8 bilhões de anos, os níveis de oxigênio era aproximadamente 10% dos atuais e pode parecer estranho chamar isto de crise ou poluição, mas o oxigênio e um poderoso destruidor de compostos orgânicos, pois muitas bactérias foram destruídas pelo oxigênio. Os organismos tiveram que desenvolver métodos bioquímicos para reter o oxigênio, um destes métodos foi à respiração aeróbica ou impulsionadas por músculos.

Bibliografia - Historia Ecológica Da Terra - Maria Lea S. Labouriau

Dicionário geológico geomorfologico - Antônio Teixeira Guerra

Revista National Geographic

TEORIA DA TECTÔNICA DE PLACAS



Foto:marlivieira.blogspot.com/2009/05/teoria-da-de...

Em 1620 o inglês Sir Francis Bacon registrava similaridade entre o contorno litorâneo da África ocidental e do leste da América do Sul. Em meados do século XIX surgia a tese de que os dois continentes possuíam um passado comum. O alemão Alfred Wegener formulou, em 1912, a Teoria da Deriva Continental, baseando-se em algumas evidências fósseis e semelhança entre as estruturas de relevo. Ele postulou a unidade das massas continentais no passado (Pangéia), que teriam depois se fragmentado e afastado umas das outras, conformando os continentes e bacias oceânicas atuais.
A genialidade da intuição de Wegener decorre da ausência de meios científicos, na sua época, para a validação da idéia da deriva dos continentes. Entretanto, justamente esse fato transformou-o, por muito tempo, num incompreendido. A ausência de um mecanismo aceitável para justificar o movimento de massas continentais “sufocando” assoalhos oceânicos condenou a nova teoria à marginalidade. O arcabouço científico para a Teoria da Deriva Continental só iria se desenvolver muito mais tarde. O estudo detalhado do fundo dos oceanos, iniciando com o uso do sonar na Segunda Guerra Mundial e intensamente desenvolvido nas últimas décadas, finalmente forneceu uma explicação plausível para a “migração” das massas continentais (Magnoli e Araújo, 1997).
A Terra está dividida em placas relativamente finas (podendo ou não conter continentes), cada qual comportando-se como uma unidade mais ou menos rígida, que movimenta-se uma em relação à outra. Sabe-se hoje em dia que os continentes se movem. Acredita-se que há muitos milhões de anos, todos estavam unidos em um único e gigantesco continente chamado PANGÉIA. Este teria se dividido em fragmentos, que são os continentes atuais. Foi o curioso encaixe de quebra- cabeça entre a costa leste do Brasil e a costa oeste da África que deu origem a esta teoria, chamada de DERIVA CONTINENTAL.


Fonte: Apostila da Universidade do Rio de Janeiro. Prof. Luiz Carlos Bertolino, 2005


Constituição Interna da Terra

As informações das camadas internas da Terra são obtidas a partir de informações diretas e indiretas. As observações da densidade e da gravidade do globo terrestre mostram que o interior e a crosta devem possuir uma constituição diferente. Observações sismológicas (comportamento das ondas sísmicas) e deduções baseadas em estudos de meteoritos indicam que a Terra é constituída de várias camadas.
Medições geoquímicas elementares da massa, volume e momento de inércia da Terra indicam que a densidade de seus materiais cresce de fora para dentro, alcançando um valor da ordem de 13 g/cm perto do centro. As velocidades das ondas sísmicas dão-nos uma idéia detalhada quanto à distribuição dos materiais no interior. Assim haveria uma crosta com uma espessura média de 35 km sob os continentes e 7 km sob os oceanos; um manto que se estende à metade da distância até o centro; um núcleo líquido ocupando cerca de dois terços


Fonte: Apostila da Universidade do Rio de Janeiro. Prof. Luiz Carlos Bertolino, 2005

Origem da Terra


Estima-se que a formação do Sistema Solar teve início há seis bilhões de anos, quando uma enorme nuvem de gás que vagava pelo Universo começou a contrair. A poeira e os gases dessa nuvem se aglutinaram pela força da gravidade e, há 4,5 bilhões de anos, formaram várias esferas que giravam em torno de uma esfera maior, de gás incandescente, que deu origem ao Sol. As esferas menores formaram os planetas, dentre os quais a Terra. Devido à
força da gravidade, os elementos químicos mais pesados como o ferro e o níquel, concentraram-se no seu centro enquanto os mais leves, como o silício, o alumínio e os gases, permaneceram na superfície. Estes gases foram, em seguida, varridos da superfície do planeta por ventos solares.
Assim, foram separando-se camadas com propriedades químicas e físicas distintas no interior do Globo Terrestre. Há cerca de 4,4 a 4,0 bilhões de anos, formou-se o NÚCLEO - constituído principalmente por ferro e níquel no estado sólido, com raio de 3.700 km. Em torno do núcleo, formou-se uma camada - o MANTO – que possui 2.900 km de espessura, constituída de material em estado pastoso, com composição predominante de silício e magnésio. Em torno de 4 bilhões de anos atrás, gases do manto separam-se, formando uma camada de ar ao redor da Terra - a ATMOSFERA. Finalmente, há aproximadamente 3,7 bilhões de anos, solidificou-se uma fina camada de rochas - a CROSTA. A crosta não é igual em todos os lugares. Debaixo dos oceanos, ela tem mais ou menos 7 km de espessura e é constituída por rochas de composição semelhante à do manto.


Fonte: Apostila da Universidade do Rio de Janeiro. Prof. Luiz Carlos Bertolino, 2005